Hotel em Paris: Ibis Paris La Villette Cité des Sciences

O hotel Ibis Paris La Villette, aonde eu me hospedei nessa minha primeira ida a Paris, em maio/16, mostrou-se uma escolha acertada em vários aspectos.

Eu gosto de ter uma noção relativamente nítida do que esperar quando chego a um hotel, e nesse sentido, o Ibis Paris La Villette Cité des Sciences cumpriu muito bem o seu papel, pois eu já conheço e aprovo o padrão Ibis, seja nas instalações, seja no serviço oferecido. E escolhê-lo foi, de certa maneira, uma sugestão da amiga Denise.

A minha reserva foi feita com algumas semanas de antecedência com relação a data em que eu chegaria, e eu errei na hora de fixar as datas de saída e chegada. Mas fiz minha reserva pela Booking.com, e tão logo constatei minha falha (minutos após ter fechado a reserva!) entrei em contato com o Atendimento ao Cliente da Booking.com e, em minutos, as datas corretas estavam atribuídas à minha reserva, sem maiores percalços.

Mais uma vez, ponto para a Booking.com!

Cheguei cansada após um vôo longo em que  não dormi um minutinho sequer, e ainda venci uma hora de ônibus entre o Aeroporto Charles de Gaulle (que é mesmo mais afastado) e o Ibis Paris La Villette. No momento de meu check in, por algum problema no sistema do Ibis, minha reserva não estava sendo encontrada. Eu tinha os comprovantes de tudo, e antes mesmo de tudo se esclarecer no sistema, eu já havia feito uma refeição leve no restaurante do hotel (simples, mas bem feitinha) e subido ao meu quarto.

Isso significa que o hotel levou em conta o cansaço, o fato de eu estar com mala pesada, e cerca de 40 minutos após minha subida ao quarto, recebi um telefonema da recepção dizendo que a reserva havia sido encontrada, que tudo estava dentro dos conformes e que agora… eu só precisaria aproveitar Paris!

Meu quarto estava de frente para a rua, que é silenciosa. Para uma pessoa apenas, o quarto era de muito bom tamanho, com cama de casal e travesseiros mega-macios (sério, preciso saber qual é o “truque” que faz com que as camas dos hotéis sejam, quase sempre, melhores que a de nossa casa…), com luz suficiente.

Entre quarto e banheiro, o quarto tinha quatro tomadas, e eu sempre presto atenção nisso, pois viajo com bastante traquitana que que precisa de recarga: celular, tablet, baterias de câmera… nesse quesito, o hotel não ficou devendo.

Bastante limpos, quarto e banheiro me serviram muito bem nesses poucos dias em que estive em Paris. O chuveiro, outro aspecto em que eu reparo mesmo, era muito bom. Apenas eu sugeriria que os dois círculos nas portas de vidro do box, cada um com mais ou menos 3 centímetros de diâmetro, e que funcionam como puxadores das portas do box, fossem vedados, e que outra alternativa para isso fosse utilizada: a água passa facilmente por ali, e o piso à frente do box fica bastante molhado após o banho.

Além de uma pequena mesa de trabalho, luminárias ao lado da cama, e TV com excelente imagem, o quarto tem, à guisa de armário, este espaço que pode ser utilizado para pendurar roupas e guardar seus pertences. Para mim, por pouco tempo, foi suficiente e eficiente.

Outros aspecto a destacar é que o hotel é silencioso, seja de dia, seja de noite: não fui, em nenhum momento, incomodada por ruídos vindos dos corredores ou da rua, ou do apartamento de cima.

Em andares alternados do hotel, há máquinas de venda (vending machines) de refrigerantes ou água, salgadinhos (biscoitos salgados para um belisco), chocolates e utilidades (absorventes, escova de dentes, protetor labial) que funcionam com moedas de Euro.

Na recepção do hotel há alguns computadores desktops que podem ser utilizados pelos hóspedes, e o wifi funciona em todos os lugares do hotel, caso você queira usar seus próprios dispositivos.

Comendo no Ibis Paris La Villette

Parágrafo de blogueira gulosa: o café da manhã do Ibis Paris La Villette não é barato (Euro 10,65) mas vale muito a pena! Variado, delicioso, no sistema “sirva-se à vontade de verdade”, o breakfast do hotel foi a minha garantia de que nem tão cedo eu teria que parar para nova refeição, durante minhas andanças por Paris. De fato, minha próxima refeição após o café da manhã “poderoso” sempre acontecia muitas horas depois de eu ter saído para passear.

O salão de café da manhã e o restaurante podem ser utilizados por não-hóspedes, mas acho que nos dias em que lá estive, de fato apenas hóspedes estavam presentes.

O Ibis Paris La Villette oferece, além de uma seleção de pizzas, sanduíches, massas, doces, saladas e bebidas. Você pode descer ao restaurante, pedindo e desfrutando lá mesmo da sua refeição, ou subir com a refeição para o seu quarto.

A massa com legumes e cogumelos do dia da chegada e a pizza que pedi numa das noites estavam muito bons!

As pessoas do Ibis Paris La Villette

Na recepção do hotel, em momentos diferentes, eu lidei com pelo menos cInco funcionários diferentes. Mais um ou dois no café da manhã, e outros pelo corredor, no restaurante, no elevador. Sempre foram polidos e simpáticos comigo, desde o primeiro momento, quando minha reserva estava “desaparecida”. Isso faz toda a diferença, concordam comigo?

Inclusive conheci um rapaz brasileiro que trabalha no hotel, o Dominique, que “avisado” de que havia uma blogueira de viagens brasileira no hotel, veio ao meu encontro para um papinho rápido, na maior cordialidade.

E foi a ele que eu perguntei o nome de uma senhora que trabalha também na recepção do hotel, e é uma graça de pessoa: em duas noites seguidas, ela recebeu a mim e aos outros hóspedes que chegavam já no início da noite, com um delicioso chá bem quentinho, e uns belisquetes para acompanhar. Tudo feito por ela, com anuência do hotel mas sem qualquer pressão ou obrigação de fazê-lo, acompanhado de um sorrisão e uma saudação!

Na primeira noite, ela me viu entrando e chamou: “Madame ?” O chá cheirava muito bem, um pequeno grupo estava batendo papo em volta da pequena mesa que ela serviu, e eu perguntei o que estávamos celebrando (imaginei que estava deixando de lado uma data relevante, talvez). Ela sorriu polidamente e me respondeu: “We are celebrating… us. And all the good things.” “Celebramos…nós mesmos. E todas as coisas boas.” Tem ou não tem sabedoria nisto?

Não vou me esquecer da resposta e nem dela, que agora sei que se chama Myriam Mergaka, uma argelina que vive há muito tempo na França. Espero que ela possa saber o quanto a sua simplicidade é encantadora.

Nos arredores do Ibis Paris La Villette

Entre a estação de metrô Corentin Cariou (linha 7) e o hotel, são mais ou menos 10 minutos de caminhada.  Idem para a estação Ourcq (linha 5). Em volta do hotel há mercadinhos, algumas pequenas boulangeries (pequenas padarias/confeitarias) e alguns restaurantes/bares (brasseries). Confesso que não os utilizei porque estava o dia inteirinho, e boa parte da noite, rodando por Paris.

O bairro (19eme) me pareceu sossegado, bastante residencial, e embora esteja um pouco distante das principais atrações turísticas de Paris, é uma opção conveniente para quem gosta de se hospedar fora da confusão turística.

O Parc de la Villette, que nomeia o hotel e está próximo dele, é um parque urbano em Paris situado no 19º arrondissement, na divisa com Seine-Saint-Denis, um projeto do arquiteto suíço Bernard Tschumi. Possui 55 hectares e estabeleceu-se na área onde antes havia um grande abatedouro,  sendo o maior parque da cidade de Paris e sua segunda maior área-verde (depois do Cemitério do Père-Lachaise). O parque abriga construções públicas voltadas à Ciência e à Música.

Ibis Paris La Villette Cité des Sciences
31-35 Quai De L Oise, Paris, Paris, 75019, França, ‏‎0800-762-1295 (19eme)
À época da reserva, o valor da diária foi Euro 58,40 com imposto municipal.